domingo, 18 de dezembro de 2011

Profissões.


Todo o jovem passa por uma crise no ensino médio. “A crise” do o que eu vou fazer na faculdade? Qual carreira seguir? Será que vou ser uma pessoa de sucesso? Essas perguntas fizeram-me pensar sobre profissões, chegando então assim a varias conclusões.

Um dos primeiro apontamento que essas perguntas me apresentaram foi à valorização exacerbada de algumas áreas do conhecimento como, por exemplo, o direto e medicina. Nada contra as duas áreas profissionais, mas o que me preocupa é a forma que a sociedade olha para elas, e como seus estudantes se percebem.

 Existe um estigma de superioridade que ronda essas áreas, que reflete indiretamente nas ações de seus estudantes. Infelizmente já presenciei muitos casos de sentimento de superioridade por parte de “estudantes” desses dois cursos, é logico que não estou generalizando, mas confesso que foram pouquíssimas pessoas que não seguiram esse padrão.

Analisando o fato com mais profundidade, pude perceber que isso acontece em toda a sociedade e com todas as profissões, existe uma hierarquia profissional no imaginário social, e a ideia de que quem faz parte da elite profissional é “a nata da sociedade” que sua “felicidade está garantida, em um futuro promissor”, e essa previsão quase sobrenatural, inflama de tal forma o ego dos estudantes que pode se torna muito prejudicial para a imagem que ele tem de si mesmo.

O grande problema é que essa ideia de superioridade gera na sociedade uma forma de preconceito para as demais profissões que não são consideradas importantes. Esse preconceito é refletido assim nas pessoas.
Infelizmente já pude presenciar atos de intolerância à profissionais que exercem atividades que não tem status na sociedade ex.: “quem você  pensa que é? Sabe com quem você esta falando EU faço direito! Pense bem antes de falar alguma coisa!” (eu sei isso parece muito surreal, mas acontece com frequência).

Infelizmente o conhecimento as vezes é usado apenas para beneficio próprio, visando apenas o financeiro, é logico não vou ser hipócrita e nem inocente, para dizer que o dinheiro não é importante, pois vivemos em um mundo capitalista, e precisamos jogar de acordo com as regras do jogo, porém, acredito que as próprias regras do capitalismo nos dá liberdade para fazer algo que o capitalismo detesta, a prática da humildade, do companheirismo, da coletividade, do amor ao próximo e da igualdade.

Acredito que todas as profissões têm a mesma importância, elas apenas são diferentes, não podendo ser classificadas de forma hierárquica. Se nós tratássemos o outro de forma igual, acredito que o mundo seria um lugar mais suportável de viver.

Essa ideia também se reflete nas relações patrão e empregados; A meu ver, não deveria existir essa ideia de superioridade do patrão para com empregado, os trabalhos tem a mesma importância, apenas são diferente, o patrão não manda por ser superior ao empregado, mas por ser sua obrigação de organizar sua empresa. Falo isso porque é comum ver empregados sendo literalmente humilhados por patrões que se acham deuses

Qualquer empresa, para funciona direito, é necessário que todas as partes trabalhem de forma harmônica, prova disso é quando qual quer parte de uma empresa falha toda ela se desestrutura, pode ser aquela que aparentemente é a mais insignificante, TENHO CERTEZA toda à empresa sofre por aquela falha.

Segundo ponto que esses questionamentos me levaram foi a seguinte pergunta, pra que estudar? Sempre ouço que a resposta para essa pergunta é “você tem que estudar para ter um bom trabalho, para ganhar dinheiro e ter um futuro garantido”. Ótimo! Verdade! Temos que nos preocupar com futuro e com o dinheiro, mas se a vida se resume-se em a ganhar dinheiro, para comprar coisas, que nem sempre preciso, simplesmente para mostrar que tenho condições financeira de comprar, chego à conclusão de que a vida é uma merda, e sem sentido.

Desculpa! Mas, não consigo colocar na minha cabeça que a vida é só correr atrás de dinheiro, para ostentar uma vida de riquezas e status.Quando estudo e me esforço na universidade, não é só para tirar boas notas, me formar e garantir um trabalho no final, mas , por que eu sei que de alguma forma aquilo que eu estudo, vou poder usar para mudar a realidade em que eu vivo.

Não é à toa  que quando fazemos nosso trabalho de conclusão de curso, uma das perguntas mais complicadas de responder é “qual a contribuição do seu trabalho para a sociedade?”.

Acredito que não podemos nos acostumar com a realidade que nos é apresentada, mas, devemos de alguma forma modifica-la. Como? Não sei. =D Mas eu sei que nos temos em nossas cabeças uma das mais incríveis coisas existente no universo, o cérebro, tão incrível que nem com todo o conhecimento já produzido não podemos nem imaginar a sua potencialidade máxima.  Só falta nós deixarmos o egoísmo de lado e começar a usar nosso potencial para melhorar o mundo onde vivemos.

Um comentário:

  1. Estou de pleno acordo...mas esse povo que trabalha pra ganhar dinheiro está consumido pelo espírito do capitalismo...que vê a aquisição como finalidade última...aí fica difícil porque isso é como um vírus que contamina o indivíduo desde o momento em que nasce.

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